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entro de uma empresa, por mais que pareça que todas as estruturas estão rodando bem, é preciso ter um olhar mais apurado e técnico para enxergar possíveis falhas e prever riscos que podem pôr em jogo o desempenho do seu negócio. Para isso, existe uma prática muito efetiva: o compliance. 

Conhecido comumente como uma ferramenta de combate à corrupção, o compliance na realidade é mais do que isso. Dentro de uma organização, ele é o responsável  por mapear tudo que pode representar um risco para a dinâmica empresarial, nos diferentes setores, e gerar indicativos, junto a um plano de ação, que permitirá a prevenção. Formado por um conjunto de normas e leis internas, ele é composto por informações que orientarão as equipes em suas condutas, visando evitar problemas tanto para os colaboradores, quanto para o negócio. 

Ao iniciar um trabalho de compliance na empresa, o primeiro passo é a realização de um diagnóstico, no qual busca-se saber o grau de exposição ao risco de cada uma das áreas que compõem o ecossistema da organização. Nele, é mapeado o RH, o financeiro e o administrativo, por exemplo, identificando os pontos de alerta que as pessoas desses setores entendem que existem. 

Os indicativos podem ser a não existência de planos de benefício competitivos quando comparados aos do mercado, o que gera um turnover alto, dentro da área de RH, por exemplo, ou, referente ao financeiro, o atraso de pagamentos e o nível de empréstimo elevado. Tudo isso será mapeado pelo setor de compliance, e depois desenhado um mapa de risco, com gráficos e indicativos, sinalizando inclusive o grau de importância de cada um deles. 

No final desse trabalho de diagnóstico, será possível entender o nível dos perigos que a empresa enfrenta e traçar um plano de ação para os problemas identificados. Dessa forma, os pontos de alerta vão sendo tratados de maneira efetiva e a probabilidade da companhia enfrentar adversidades vai diminuindo. 

É importante lembrar que o risco é inerente ao negócio, por isso, é extremamente válido as empresas que não olham para o compliance e o trabalho preventivo, começarem a se atentar e iniciarem essa prática. Porque muito mais do que uma questão de proteção da imagem, essa é uma forma de combater as más condutas que podem gerar consequências graves para os bons resultados do negócio.

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