Responsável pelo estudo do comportamento humano diante das novas tecnologias, por meio da Cyberpsicologia podemos compreender as ações em ambientes virtuais e como essa revolução tecnológica se relaciona com os impulsos da humanidade. É o que explica Rodrigo Volponi, cyberpsicólogo com mestrado nesta área pela Nottingham Trent University, na Inglaterra.

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“A psicologia do comportamento na internet traz uma série de respostas a ações e posturas que antes não eram frequentes na sociedade e que precisam ser estudadas. A adesão massiva aos avanços digitais fez com que a maneira de agir e se relacionar com o mundo mudasse, resultando em novos padrões e tendências comportamentais. Notar essas alterações e o que elas geram a nível psicológico, faz parte da área de atuação da cyberpsicologia”, explica o especialista. 

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O descobrimento dessas novas tendências de atitude e as aplicações desse conhecimento vão além da parte clínica, podem ser utilizados inclusive no mundo dos negócios para entender comportamentos dos consumidores e desenhar estratégias que estejam alinhadas com os desejos deles e os objetivos do próprio negócio. 

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Volponi separou 5 gatilhos mentais ativados pela Cyberpsicologia que podem ser implementados pelas empresas de maneira prática para instigar determinadas percepções sobre a marca e estimular o engajamento dos consumidores:

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1. Comunidade: A psicologia de grupos sociais se estende para o ambiente digital, onde pessoas com objetivos em comum permanecem juntas e geram um senso de pertencimento por estarem em grupo e terem ideias parecidas. Por isso, as empresas devem ter estratégias de comunicação que criem esse sentimento de comunidade e estimulem o engajamento dos consumidores com a marca. 

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2. Prova social: São os chamados "depoimentos" de clientes relacionados às marcas e produtos. No ambiente digital, estes depoimentos são feitos na página da própria empresa, ou redes sociais, atestando que aquilo que a marca oferece é vantajoso. Todos os prestadores de serviço ou empresas podem utilizar deste mecanismo para vender mais, uma vez que pelo ser humano ter o hábito de se sentir influenciado pela opinião alheia, ao se deparar com os depoimentos positivos, pode aumentar as chances de conversão de vendas. 

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3. Autoridade: Poderíamos considerar que o conceito de autoridade aplicado à vida offline está associado com profissionais com notável saber. O mesmo se aplica ao ambiente digital, porém desta vez pessoas que dificilmente teriam espaço para reconhecimento no off-line, tem seu alcance significativamente aumentado, uma vez que as redes sociais e legiões de seguidores o transformam em uma verdadeira autoridade em determinado assunto. Os mesmos conceitos psicológicos do off-line para definição do que é e, porque alguém é considerado uma autoridade se aplicam ao ambiente digital.

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4. Senso de urgência: As técnicas de senso de urgência, associadas a uma venda do tipo “Compre agora, senão você perderá a oportunidade!” relacionam-se com áreas primitivas do cérebro para tomada de decisão. Essas técnicas sempre foram utilizadas por vendedores ao longo dos tempos, em especial documentadas a partir do século XX e foi atualmente transposta para o ambiente digital. Elas funcionam, desde que o consumidor esteja conectado com a proposta de valor do produto/serviço.

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5. Escassez: As pessoas acabam valorizando mais objetos e experiências que sejam exclusivas para poucos. A escassez digital também existe, por mais que um conhecimento ou produto possa ser entregue de maneira 100% digital, o que criaria uma objeção sobre sua escassez. Fazer parte de grupos "privilegiados" que adquirem produtos exclusivos é um desejo, e esse desejo se mantém com forte apelo também no mundo digital.

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Com essas técnicas, é possível alinhar saberes psicológicos com estratégias de venda a fim de conseguir melhores resultados. O cyberpsicólogo reforça “Não há nada como conhecer seu público para compreender o que melhor funcionaria com ele e ajustar esses gatilhos mentais com os desejos e anseios dos consumidores”, finaliza Rodrigo Volponi.

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