Você já sentiu como se não tivesse mais tempo pra nada? Ou como se estivesse carregando nas costas uma rocha? Muitas das vezes isso é psicológico, e se não é, a sua mente pode estar piorando a situação. Cuidado, você pode estar destruindo a sua produtividade no trabalho!

Li alguns conselhos sobre isso no artigo “Escapando da armadilha de escassez de tempo”, escrito por Janet Choi, Chief Creative Officer na iDoneThis, publicado no site 99u.com. Adaptei as sugestões e o texto. Espero que vocês gostem!

Peso nas costas

Confundir Urgente com Importante

O que é urgente, o que é importante? Saber diferenciar claramente as suas atividades diárias e o seu nível de prioridade é importante para a por em prática a gestão de tempo e consequentemente alcançar mais produtividade.

Cuidado, a mentalidade de escassez de tempo pode comprometer, e muito, a priorização de atividades. Se você, por exemplo, tem dez tarefas para fazer em um dia e, por algum acaso, alguém mandar um e-mail com mais uma solicitação que apesar de não ser emergencial, tem sua prioridade, qual  a chance de você conseguir dar a atenção necessária? Por pura falta de tempo para respirar, essa atividade leva mais tempo para ser resolvida do que seria necessário. É comum ver caixas de e-mail lotadas de demandas não concluídas e até mesmo atrasadas.

Dizer que não tem tempo

Laura Vanderkam, autora de “168 horas: Você Tem Mais Tempo do que Pensa” (original “168 Hours: You Have More Time Than You Think”), dá uma sugestão interessante para lidar com a falta de tempo para se dedicar a atividades particulares. Em vez de dizer: “eu não tenho tempo para isso”, repita, em voz alta: “isso não é uma prioridade” para se referir a tarefas importantes, mas não urgentes. Isso vale para todas as atividades pessoais, como “o aniversário do meu filho não é prioridade”, “minha saúde não é prioridade”, etc. Assim, você se sentirá compelido a tomar uma decisão consciente sobre sua disponibilidade.

Mente cheia

Até mesmo pensar em tarefas mentalmente cansativas pode afetar a sua criatividade. Em um estudo conduzido por Mullainathan e Shafir, pessoas em dieta procurando pela palavra “donut” em uma lista demoraram 30% a mais para ter sucesso do que aqueles que não estavam de regime e buscavam o termo “foto”. Isso significa que a tentação por comida roubou a atenção daqueles que restringiam sua alimentação, causando efeitos negativos em sua produtividade. Segundo a autora, um fenômeno similar ocorre quando estamos presos à mentalidade de falta de tempo: suas preocupações sobre a data de entrega de determinado projeto podem roubar a atenção enquanto você tenta fazer outra coisa. Essa postura limita sua capacidade mental, fazendo com que você cometa mais erros com a tarefa, se preocupe cada vez mais e, consequentemente, perca cada vez mais tempo. Mente preocupada é mente cheia. Mente cheia trabalha menos.

Sensação de ocupado

A mentalidade de escassez de tempo faz você virar um pão-duro, que economiza até minutos. Isso gera atitudes bobas, como contar quanto tempo você gasta fazendo uma coisa, como esperar uma ligação ou digitar um relatório, e chega ao cúmulo de contabilizar, milimetricamente, a pausa do café.  A sensação de “ocupado” nada mais é do que um estado mental, e uma armadilha que podemos, e devemos, evitar – para o bem de nossa produtividade e de nossa saúde.

Em uma pesquisa conduzida por professores de Yale, Wharton e Harvard, pessoas que gastaram 15 minutos ajudando alunos em risco a editar seus trabalhos reportaram ter mais tempo livre, o que os levou a se comprometerem a dedicar ainda mais de seu tempo com esse tipo de atividade. De uma forma mágica, o grupo de “doadores” se sentiu mais produtivo e com mais tempo livre. Loucura, não?

Se você é gestor ou empreendedor, vai adorar essa dica. Você quer saber mais sobre como aumentar a sua produtividade nos seus negócios? Então dá uma olhada nesse curso aqui.

E então, quais desses erros você cometia? Vamos mudar a mentalidade?

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