Na última semana, o mundo inteiro comentou sobre a venda do Whatsapp para o Facebook por inimagináveis US$ 16 bilhões. Mas, depois, outro assunto ganhou espaço: um dos criadores do aplicativo, Brian Acton, tinha tentado um emprego na rede social em 2009. Mas teve o pedido negado. Um ano depois, ele lançaria o app que o tornou bilionário.

Supondo que ele tivesse conseguido a vaga naquele ano, com sorte e um bom ritmo de trabalho, ganharia um salário bacana atualmente. Se ele conseguisse receber US$ 100 mil ao ano, quem sabe US$ 200 mil, já seria qualificado como alguém que venceu na vida, concorda?

Mas nem em toda a sua vida ele conseguiria receber o que o Facebook pagou pelo aplicativo que ele apenas inventou por não ter conseguido o que queria.

Como é bom não conseguir o emprego dos sonhos, não é mesmo?

Para ter sucesso na vida profissional, a primeira coisa que precisamos entender, então, é que não temos ideia do que é ter sucesso. E que a ideia de “vencer na vida” é apenas isso, uma ideia. Por isso, não fique preso ao que você acredita como sendo melhor para você. As coisas vão acontecendo e as oportunidades se abrem de uma forma que não conseguimos explicar. Mas quem está com a mente aberta consegue identificar essas chances e extrair delas o tão esperado sucesso.

Por isso, fomos atrás de histórias de empreendedores brasileiros que são, sem dúvida nenhuma, de muito sucesso. Mas até isso se concretizar, eram considerados como perdedores.

Veja que histórias legais:

Marcelo Ostia, Camisetas Da Hora

Morador de Itu trabalhou dos 11 aos 19 anos em uma multinacional, até o dia que a empresa deixou sua cidade e ele foi demitido. A saída encontrada foi montar uma fotocopiadora na garagem da casa dos pais. O negócio evoluiu e Marcelo tinha, algum tempo depois, uma gráfica que, além de produzir materiais impressos convencionais, estampava camisetas. Certa vez, um cliente de São Paulo ficou com a mercadoria de sua gráfica mas não pagou a conta. Marcelo e seu sócio foram a São Paulo tentar reaver o dinheiro, mas não conseguiram encontrar o cliente devedor. Totalmente quebrados pelo calote, caminhando pela cidade, encontraram uma loja, no Brás, que topou fazer um acordo: deixar a máquina de estampar na porta do comércio para que clientes pudessem customizar suas peças de roupa recém-compradas. Enquanto investia na ideia, o empreendedor e seu sócio dormiam dentro do carro em um estacionamento da região – era tudo o que os R$ 50 que eles tinham no bolso conseguiam pagar. Em uma madrugada, foi confundido com um mendigo em uma ação social que doava, exatamente, camisetas a moradores de rua com a frase: “As pessoas não falham. Elas desistem” como estampa. Nesta hora, Marcelo viu que precisaria mudar de vida. Começou a vender camisetas pela internet e se tornou uma franquia com mais de 800 parceiros ao redor do mundo e faturamento de milhares de reais ao mês.

Abraham Curi, Tecnogera

Se não fosse pela demissão aos 22 anos de uma fabricante de extratores de suco de laranja, onde trabalhava com pós-venda, Abraham Curi jamais teria criado seu negócio próprio, a Tecnogera, empresa de locação de equipamentos para geração e transformação de energia. Antes de sua empresa atingir os 100 funcionários, o empreendedor teve de vender o carro da família e usar o quarto da filha caçula para guardar os geradores que comprava para revender.

Em 2013, a companhia fechou uma parceria com a multinacional elga Power Solutions, que vai investir R$ 50 milhões em equipamentos e tecnologia ao longo dos próximos três anos.

Marcelo Safatle, ostLocation

Vindo de uma família de médicos, Marcelo Safatle quase não conseguiu se formar na faculdade de análise de sistemas. Logo aos 17 anos, em 1998, o jovem criou uma solução caseira de hosts e servidores. Em uma época em que a internet banda larga praticamente não existia, ele deu o pontapé em uma atividade que só se consolidaria anos mais tarde, graças à tecnologia de conexão que temos hoje. Como tinha muitos clientes e pouca estrutura (seu escritório era seu próprio quarto),  ele quase não conseguia comparecer às aulas, o que lhe rendeu diversas reprovações por excesso de faltas. A conclusão do curso veio no tempo limite, mas valeu a pena: quando o executivo fez 30 anos, sua companhia já faturava R$ 10 milhões ao ano e planejava criar sua própria rede de cabeamento ótico em São Paulo.

Mas muitos, muitos outros…

Além destes casos do Brasil, temos ainda internacionais bem reconhecidos: Steve Jobs chegou a ser demitido da Apple, empresa que fundara alguns anos antes. Quando começou a escrever a série literária Harry Potter, a britânica J. K. Howlling estava divorciada e praticamente sem dinheiro para criar seus filhos. Oprah Winfrey, magnata da televisão norte-americana reconhecida a redor do mundo, foi demitida de um programa quando tinha 22 anos, por “ser imprópria” para a TV.

Charles Darwin explica em sua teoria da evolução que não e o mais forte que sobrevive, mas o mais adaptável às transformações. Este é o segredo dos empreendedores de sucesso: não parar de tentar. Então se o emprego dos sonhos não te aceitou, se você foi demitido ou as coisas não aconteceram como você planejava, não desanime. Abra sua mente e veja as oportunidades que se apresentam a você.

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